Um arquivo digital único registrado pelo sistema de criptomoedas. Esta é, basicamente, a definição da certificação de propriedade digital que ganha fama e chama atenção pelo mundo com vendas milionárias.

Os NFTs (Token não fungível, na sigla em inglês) são registrados pelo sistema de blockchain, extremamente seguros por embaralhar dados que evitam espionagem. Dessa maneira, é possível transformar qualquer ativo digital (obras de arte, jogos, códigos, vídeos, itens colecionáveis, etc.) em uma NFT e comercializá-la.

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No entanto, uma NFT é exclusiva e não substituível (fungível) – é possível imprimir a imagem da Mona Lisa, mas há apenas um quadro original. A criptomoeda mais usual nesse tipo de transação é a Ethereum, segunda mais popular do mundo, atrás do Bitcoin.

Segundo o site NonFungible, que monitora o setor de NFT, o mercado que movimenta o ativo digital cresceu 131 vezes no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2020. Foram transacionados US$ 2 bilhões por meio destes ativos, sendo a maior parte destinada ao pagamento de obras de arte digitais.

Nesta semana, por exemplo, o código original da World Wide Web (www) escrito pelo físico Tim Berners-Lee foi colocado em leilão como uma NFT, com lances começando em US$ 1 mil. Há ainda NFTs peculiares em comercialização: a NBA, liga de basquete dos EUA, comercializa grandes jogadas como se fossem cards digitais colecionáveis.

O meme original do Nyan Cat, um dos mais icônicos da internet, foi vendido via NFT por US$ 580 mil. Até mesmo um retrato digital da atriz Lindsay Lohan foi vendido como NFT. Em março deste ano, uma obra do artista americano Beeple (foto acima) foi vendida por US$ 70 milhões.