O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou neste sábado que terá um encontro “decisivo” no domingo com o ministro das Finanças, Moshé Kahlon, para tentar convencê-lo a não provocar eleições antecipadas.

O primeiro-ministro conta com uma frágil maioria parlamentar, de apenas um assento, desde a saída de seu ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, chefe do partido nacionalista Israel Beitenu.

Lieberman quis protestar contra o cessar-fogo alcançado indiretamente entre Israel e os islamitas palestinos do Hamas e seus aliados, após violentos confrontos na Faixa de Gaza.

Kahlon, chefe do partido de centro Kulanu, cujo apoio é agora vital para a sobrevivência da coalizão, se pronunciou a favor de eleições “o quanto antes”. A legislatura atual deve terminar em novembro de 2019.

“Vou me reunir com Moshé Khalon antes do conselho de ministros semanal no domingo para uma última tentativa de convencê-lo a não acabar com o governo”, afirmou o primeiro-ministro em sua conta de Twitter.

“Não se deve acabar com um governo de direita. Todos os membros de Likud [partido de Netanyahu] desejam continuar administrando o Estado por mais um ano”, acrescentou Netanyahu.

Outro membro da coalizão, Naftali Bennett, ministro da Educação e líder do partido nacionalista religioso Lar Judaico, exigiu ser nomeado ministro da Defesa. Sem isto, Netanyahu deixaria de ter maioria.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro rejeitou este pedido e anunciou que ele assumiria provisoriamente a pasta de Defesa.