O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pressionou nesta quarta-feira (19) a ONU para que condene o Hezbollah, após a descoberta de novos túneis para tentar se infiltrar em território israelense saindo do Líbano.

Israel iniciou uma intensa campanha midiática ante o conselho de ministros desta quarta-feira, no qual será debatida a recente descoberta de novos túneis construídos pelo grupo xiita libanês, segundo o Estado hebreu.

“Peço a todos os membros do Conselho de Segurança que condenem os atos de agressão injustificados por parte do Hezbollah. Considerem o Hezbollah como uma organização terrorista em sua integralidade e pressionem para aplicar sanções mais fortes” contra o grupo xiita, declarou Netanyahu durante uma coletiva de imprensa.

O primeiro-ministro israelense também qualificou de “ato de guerra” os túneis supostamente construídos pelo Hezbollah, um dos grandes inimigos de Israel.

De acordo com as autoridades israelenses, esses túneis devem servir para assassinar soldados israelenses e ficar com uma parte no território israelense no caso de explodir um conflito entre os dois países.

Netanyahu também pediu ao Conselho de Segurança que “exija ao Líbano que pare de permitir que utilizem o seu território para estas agressões” e reivindicou “o direito de Israel de se defender contra uma agressão inspirada e liderada pelo Irã”, cujo regime islamita mantém estreitos vínculos com o Hezbollah.

O Exército israelense iniciou em 4 de dezembro uma importante operação para destruir túneis subterrâneos do Hezbollah no lado israelense da fronteira com o Líbano.

O grupo Hezbollah é considerado uma organização terrorista por Israel e Estados Unidos, mas apenas o seu braço militar é considerado terrorista pela União Europeia.