A NBA voltou à Londres nesta semana, a sétima vez em oito anos. Mais de 19 mil pessoas lotaram a O2 Arena para assistir o Washington Wizards vencer o New York Knicks por apenas um ponto de diferença, com placar de 101 a 100. O resultado, no entanto, não era a única coisa importante naquela noite: mais do que uma partida da liga nacional de basquete, era a exibição de um negócio.

“Esperamos que um dia a Europa se torne um foco de basquete, assim como a China se tornou. Acreditamos que esses investimentos de longo prazo é o que temos que fazer, como proprietários, para retribuir o quanto a liga tem sido grande e a rapidez com que ela cresce”, disse o dono do Wizards, Ted Leonsis à CNBC.

As constantes turnês da NBA fora das quadras norte-americanas mostram o potencial de crescimento do esporte a nível global. Até 2011, México e o Reino Unido eram praticamente as únicas regiões fora dos Estados Unidos que recebiam os jogos. Agora a China também entrou nesta rota.

De acordo com números produzidos pela NBA, mais de 300 milhões de pessoas jogam basquete na China, e mais do dobro disso afirmaram ter assistido a alguma partida durante a temporada de 2017/2018. A NBA distribui seus jogos e programas em 215 países e territórios e em 50 idiomas, sendo que mais de 30% do sistema de assinatura virtual está na Ásia.

A repercussão nas mídias sociais também mostra o apresso dos chineses pelo esporte. O país concentra 178 milhões de seguidores das páginas virtuais da NBA, maior do que qualquer outra liga esportiva.

“A mídia social é uma maneira de nos infiltrarmos muito rapidamente nesses mercados, com os jovens em particular morando nas redes sociais”, diz Adam Silver, representante da NBA.

Apesar de não integrar o roteiro de jogos, o Brasil também tem uma relação próxima com a NBA. Há anos a NBB é parceira da entidade norte-americana, e desde a última temporada transmite os jogos através de multiplataforma, método adquirido com os profissionais da liga norte-americana.