A Natura&Co apresentou prejuízo líquido aos controladores de R$ 766,7 milhões no segundo trimestre de 2022 e reverteu, portanto, o lucro de R$ 234,8 milhões no mesmo período do ano passado. O Ebitda ajustado, por sua vez, somou R$ 694,9 milhões, o que representa uma queda de 14,3% ante o apresentado de abril a maio do ano anterior.

A receita líquida consolidada no trimestre totalizou R$ 8,7 bilhões, com queda de 8,6% em reais e alta de 0,4% em moeda constante. A América Latina registrou um aumento de vendas de 5,6% em moeda constante, enquanto a Avon international apresentou queda de 11,4% no mesmo critério. Na Avon, o maior impacto veio da Guerra da Ucrânia, já que, excluindo Rússia e Ucrânia, as vendas caíram 5,8%, ainda em moeda constante.

O Ebitda ajustado teve margem de 8%, com queda de 0,5 ponto porcentual em relação à de um ano antes. A companhia explica que o resultado se relaciona ao desempenho estável na América Latina e despesas corporativas menores que foram compensadas pela desalavancagem das vendas da The Body Shop e pelos investimentos para crescimento da Aesop.

A empresa terminou o segundo trimestre com posição de caixa de R$ 4,3 bilhões. A dívida líquida corresponde a 2,46x o Ebitda no trimestre, versus 1,43x no primeiro trimestre deste ano.

“Os bonds de 2023 da Avon foram totalmente resgatados com o bond de 2029, de US$600 milhões, emitido em abril, e a Natura emitiu R$826,0 milhões em debêntures com vencimento em 2027, substituindo parcialmente as emissões de 2022/2024 e estendendo o prazo médio de vencimento da dívida”, afirma a companhia.

O Ebitda menor e as maiores despesas financeiras são apontados como causa do Prejuízo Líquido de R$766,7 milhões no trimestre.

Além dos impactos da guerra na Ucrânia nas receitas da Avon International e The Body Shop, a companhia informa que incorreu em custos não-recorrentes de
R$ 42,1 milhões, principalmente relacionados à saída da The Body Shop da Rússia.