Com base no preço de fechamento das ações da Natura na terça-feira, 21, antes portanto da confirmação das negociações finais com a Avon, a transação representa um prêmio de 28% para os acionistas da empresa norte-americana.

Segundo cálculos da Natura, a operação implica em um múltiplo Ebitda de 9,5 vezes, ou de 5,6 vezes, presumindo o impacto total das sinergias esperadas. Com base nos preços de fechamento de 21 de maio, a transação avalia o enterprise value da Avon em US$ 3,7 bilhões, e o grupo combinado em aproximadamente US$ 11 bilhões.

A conclusão da operação é esperada para o início de 2020. Em nota, a empresa lembra que a transação está sujeita às condições finais habituais, incluindo a aprovação tanto pelos acionistas da Natura quanto da Avon, assim como das autoridades antitruste no Brasil e outras jurisdições.

A Natura &Co foi assessorada por UBS Investment Bank e Morgan Stanley e Avon foi assessorada por Goldman Sachs. Os membros do Conselho de Administração da Avon também foram assessorados financeiramente por PJT Partners.

A empresa brasileira anunciou nesta quarta-feira, 22, após o fechamento do mercado, que chegou a um acordo para adquirir a Avon em uma operação que envolve troca de ações (all-share merger), que resultará na combinação de seus negócios, operações e das bases acionárias da Natura e da Avon. Uma nova sociedade holding para o grupo, Natura Holding (Natura & Co), será a titular de todas as ações da Natura e da Avon, como resultado de uma reestruturação societária a ser para implementada.