Pela primeira vez desde os anos 1970, Estados Unidos vai enviar material à Lua em 2020 e 2021, anunciou a Nasa nesta sexta-feira (31).

A agência espacial americana selecionou três módulos de pouso lunar, fabricados por duas empresas locais, para enviar material científico para o satélite natural da Terra, antes do retorno dos astronautas previsto para 2024 no âmbito do programa Artemisa.

Os três veículos levarão à superfície lunar cerca de vinte instrumentos fornecidos pela Nasa.

Está previsto que o primeiro módulo, fabricado pela Orbit Beyond, pouse no mar da Chuva (Mare Imbrium) em setembro de 2020, depois de ter sido lançado por um foguete Falcon 9 da companhia SpaceX.

O módulo da companhia Intuitive Machines tentará pousar em julho de 2021 no oceano das Tormentas (Oceanus Procellarum), a maior mancha escura da Lua, visível da Terra. Também será transportado pela SpaceX.

O veículo de Astrobotic se dirigirá à grande cratera do lago da Morte (Lacus Mortis) também em julho de 2021, à bordo de um veículo que ainda não foi escolhido.

Cada uma dessas companhias firmou contratos de 77 a 97 milhões de dólares para fabricar seus aparelhos.

“No ano que vem, nossas primeiras ferramentas de investigação científica e tecnológica estarão em solo lunar, o que contribuirá ao envio da primeira mulher e do próximo homem à Lua em cinco anos”, disse o administrador da Nasa, Jim Bridenstine.

A Nasa escolherá nos próximos meses material que enviará à Lua, principalmente instrumentos para ajudar aos futuros astronautas a pousar, a navegar e a se proteger das radiações.

Os americanos não voltaram ao satélite terrestre desde a última missão Apollo em 1972. A Nasa enviou, entretanto, várias sondas da órbita lunar, entre as quais somente continua em atividade a Lunar Reconnaissance Orbiter

A China pousou duas vezes nos últimos anos: em 2013 e em janeiro no lado escuro da Lua.

“O que aprenderemos não somente mudará nossa compreensão do universo, como também ajudará a preparar nossas missões humanas na Lua e um dia em Marte”, declarou o chefe das atividades científicas da Nasa, Thomas Zurbuchen.