A Nasa reuniu uma lista de 80 recomendações que a companhia aeroespacial americana Boeing terá que atender antes de tentar pilotar sua cápsula espacial Starliner novamente, após o fracasso de um teste não tripulado no ano passado.

As recomendações referem-se principalmente ao software de bordo, que foi o principal problema do teste de voo com fracassado em dezembro.

A cápsula não pôde ser colocada na órbita correta devido a um erro no relógio, precisando retornar à Terra depois de dois dias, em vez de atracar na Estação Espacial Internacional, conforme planejado.

Posteriormente, a Boeing descobriu que outros problemas de software poderiam ter causado a colisão da cápsula e do foguete no momento da separação, um incidente potencialmente muito perigoso se o voo tivesse sido tripulado.

A maioria dos problemas identificados é importante e organizacional, por exemplo, sobre os procedimentos de verificação da Nasa.

A agência espacial é cliente da Boeing há décadas, mas parece ter depositado expectativa em seu parceiro histórico.

“Talvez estivéssemos um pouco mais focados na SpaceX”, disse Steve Stich, gerente do Programa de Tripulação Comercial da Nasa, em uma teleconferência com jornalistas.

A SpaceX, uma recém-chegada à indústria espacial, é a outra empresa escolhida pela Nasa para desenvolver uma espaçonave para voos tripulados, mas, ao contrário da Boeing, sua cápsula Crew Dragon concluiu com êxito seu voo de teste não tripulado em 2019 e, em seguida, seu primeiro voo tripulado em maio, com dois astronautas a bordo.

A próxima tentativa de voo do Starliner pode ocorrer no final do ano, acrescentou Stich, sem dar nenhuma garantia. A Boeing, entretanto, não poderá transportar astronautas até pelo menos 2021.