Uma sonda da Agência Aeroespacial dos Estados Unidos (Nasa) registrou novas imagens do asteroide 101955 Bennu, que está listado entre os corpos celestes que passarão perto da Terra. A sonda da missão Osiris-Rex coletará amostras do asteroide para fins de estudo.

O chefe do departamento de Astronomia da Universidade de São Paulo (USP) Amaury Almeida explica que os asteroides ao nosso alcance são fonte importante de informação sobre a formação do Sistema Solar. “É a chance de analisar em laboratório um material que teve praticamente o mínimo de alteração em 4,6 bilhões de anos.”

O asteroide tem diâmetro estimado em 490 metros, cerca de 50 metros a mais do que o Empire State Building. Apesar disso, é considerado um asteroide pequeno. Ele pode vir a colidir com a Terra nos anos finais do século 22, porém há apenas 0,037% de chance de isso acontecer.

A sonda da missão Osiris-Rex foi lançada em 2016. Em dezembro de 2018, a Nasa anunciou que ela finalmente havia chegado ao asteroide, após viagem de mais de 130 milhões de quilômetros da Terra. Segundo Almeida, o longo tempo da missão se deve ao fato de os meteoros estarem a milhões de quilômetros de nosso planeta.

Além disso, uma vez que alcança o asteroide, a sonda precisa fazer uma série de manobras orbitais, isto é, para ficar na órbita do corpo celeste e poder fazer novos estudos que preparem a missão de pouso e coleta das amostras. No caso da Osiris-Rex, foram necessárias quatro manobras ao longo de quase 45 dias.

Desde que a Osiris-Rex chegou a Bennu, descobriu-se que ele não é como os cientistas haviam previsto. Sua superfície possui uma grande quantidade de rochas, o que exige novos estudos para o pouso da sonda. “Seu terreno rugoso não estava em nossas previsões”, disse Dante Lauretta, principal pesquisador da Osiris-Rex na Universidade do Arizona, ao site da missão espacial. “Bennu está sempre nos surpreendendo, e nossa empolgação com a missão só aumenta.”

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