Uma hora é o Google, a outra, o Facebook. A verdade é que a FTC (Federal Trade Comission, órgão que regula o comércio nos EUA) não sai do pé das duas gigantes techs. Desta vez a agência considera impetrar uma liminar antitruste contra o Facebook, para impedir que a empresa de Mark Zuckerberg integre a tecnologia de back end dos seus três serviços de mensagens – WhatsApp, Facebook Messenger e Instagram Direct Message. A informação foi divulgada pelo The Wall Street Journal, que apontou até a data para o processo começar: janeiro. Não seria o primeiro. O Facebook, diz o WSJ, está sob investigação por motivos antitruste em várias frentes nos Estados Unidos – do Departamento de Justiça, do Congresso e de 47 procuradores gerais. O recurso da Comissão Federal de Comércio pode indicar que o órgão pretende tomar uma ação antitruste mais extensa – leia-se desmembrar as empresas. Para evitar a unificação da base de dados, a FTC precisará provar que as aquisições do WhatsApp e do Instagram pelo Facebook foram feitas de maneira defensiva, portanto, anticompetitiva. Quando o Facebook anunciou pela primeira vez seu plano de interoperabilidade, em janeiro, sugeriu se tratar de estratégia para combinar, conter e consolidar usuários no seu ecossistema de mensagens. Mas a unificação das operações das plataformas pode ser facilmente interpretada como monopólio, porque elas compartilhariam infraestrutura, tornando-as mais difíceis de dividir.

A corrente do amor

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As blockchains estão ajudando até o amor. O primeiro registro de união estável no Brasil por meio da tecnologia foi graças à rede Notary Ledges, da startup Growth Tech, que fornece serviços cartoriais digitalmente usando o IBM Blockchain Platform. Os votos foram feitos pelo defensor público Diego Vale e pelo médico tenente da Força Aérea Brasileira Guilherme Mesquita. A certidão foi validada por dois notários e assinada digitalmente. A rede Notary Ledgers permite serviços cartorários em ambiente virtual, com as transações validadas e registradas em uma blockchain formada por diversos cartórios do país. A partir da rede é possível lavrar procurações, registros de óbito e união estável e escrituras. Quando os dados são validados e o serviço pago, tudo é registrado na rede blockchain, que forma um livro-razão único, com registros de todas as transações que ocorrerem na rede.

Crueldade sem limite

Os piratas virtuais nunca tiveram pruridos, mas os ataques cibernéticos estão cada vez mais bárbaros. Em novembro, nos EUA, vídeos e gifs de luz estroboscópica foram enviados a seguidores da Fundação Epilepsia (Epilepsy Foundation), aparentemente para disparar convulsões em portadores da condição – um dos riscos de ficar exposto às luzes piscantes. Os ataques foram ainda mais condenáveis, disse a Fundação, pois era o Mês Nacional da Consciência sobre a Epilepsia. Não se sabe quantos usuários clicaram nos arquivos.