Maior empresa privada de transmissão de energia do País, a Isa Cteep pode ajudar (indiretamente) a ex-presidente Dilma Rousseff a explicar a polêmica declaração sobre estocar vento.

A companhia, que vai investir R$ 1,4 bilhão em 277 projetos pelo País entre 2022 e 2025, quer implementar um sistema de armazenamento em baterias para fazer com que a energia intermitente — como solar e eólica — abasteça regiões de grande demanda temporária por eletricidade, como ocorre no litoral de São Paulo durante as férias e feriados prolongados. “Em vez de investir apenas em linhas de transmissão, o uso de baterias em subestação é uma tecnologia importante para o reforço do sistema elétrico”, afirmou o CEO Rui Chammas.

A novidade, orçada em apenas R$ 5 milhões por MW de armazenamento instalado, está na mesa do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Se receber o sinal verde da Aneel, a tecnologia poderá ser replicada em várias partes do País, principalmente diante de um cenário de agravamento da crise hídrica. “O Brasil já possui uma rede muito confiável de transmissão e, com novos investimentos, poderá modernizar ainda mais tudo isso”, disse Chammas. Para 2021, a ISA CTEEP planeja investir R$ 300 milhões em modernização e ampliação de sua infraestrutura, 50% acima dos R$ 200 milhões do ano passado.

(Nota publicada na edição 1226 da Revista Dinheiro)