Por Steve Keating

(Reuters) – Não há soluções perfeitas para a questão dos transgêneros nos esportes, afirmou a presidente do Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos (USOPC, na sigla em inglês) nesta quinta-feira, acrescentando que nem mesmo a sua própria diretoria está de acordo sobre a melhor maneira de agir.

O debate sobre transgêneros no esporte explodiu esta semana, após a Federação Internacional de Natação (Fina) restringir a participação de competidores transgêneros nas competições femininas e estabelecer uma categoria “aberta”, uma medida que foi recebida com muita oposição por ativistas dos direitos LGBT.

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Após a decisão da Fina, muitas outras federações esportivas, como a Fifa e a Federação Mundial de Atletismo, decidiram revisar suas políticas de elegibilidade para transgêneros.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) afirmou em novembro que nenhum atleta deveria ser excluído das competições por causa de uma aparente vantagem injusta e deixou às federações internacionais dos esportes a decisão sobre o equilíbrio entre inclusão e justiça.

A presidente do Comitê dos EUA, Susanne Lyons, afirmou que a sua organização também deixará às federações internacionais e aos órgãos administrativos nacionais o desenvolvimento das políticas, mas espera fazer parte da discussão.

Ativistas pela inclusão dos transgêneros argumentam que ainda não foram feitos estudos suficientes sobre o impacto da transição no desempenho físico e que atletas de elite são geralmente exceções físicas de qualquer maneira.

(Reportagem de Steve Keating, em Toronto)

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