A Petrobras afirmou que “não há monopólio” em gás natural. Trata-se de resposta à acusação feita pelo empresário Joesley Batista, um dos sócios da J&F, holding do Grupo JBS, de que a Petrobras monopoliza o acesso ao gás natural no Brasil e, por isso a térmica Mário Covas, controlada pelo grupo em Cuiabá (MT), não pode gerar energia.

“O projeto original da usina previa o uso do gás da Bolívia sem participação da Petrobras, o que continua possível hoje tanto quanto ao gás, que pode ser adquirido diretamente na Bolívia, quanto ao transporte e distribuição do mesmo. Além disso, a usina pode funcionar também a óleo diesel”, afirmou a Petrobras ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Em sua delação, Batista disse ter pedido ao deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB) para interceder no processo contra a Petrobras no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aberto pela Empresa Produtora de Energia (EPE) Cuiabá, operadora da térmica controlada pela J&F. No processo, a estatal é acusada de monopolizar o acesso ao gás natural e impossibilitar a compra do combustível para gerar energia pela térmica EPE.

Em comunicado oficial, o Cade negou influência política em suas decisões. “A EPE fez ou reiterou seu pedido de medida preventiva ao menos seis vezes, pedido esse que não foi deferido pelo Cade em nenhum momento. Também não houve, até agora, qualquer parecer ou decisão do Cade em favor da EPE, tendo sido expedidos inúmeros ofícios e atos instrutórios conduzidos pela área técnica do órgão, o que demonstra que o caso tem sido conduzido dentro da normalidade e sem quaisquer favorecimentos.”