A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) não pretende, por enquanto, revisar as projeções para o setor em 2020, por entender que ainda é cedo para ter uma noção dos efeitos do novo coronavírus nas vendas e na produção das montadoras. “Não pretendemos fazer qualquer reavaliação e a razão é que estamos no meio de uma crise muito profunda, que afeta consumidor final, produção, investimentos e mercado financeiro. Não há condições para fazer uma estimativa para 2020 com segurança”, disse o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, em apresentação divulgada na manhã desta segunda-feira, 6.

Moraes, contudo, disse que espera uma “queda substancial” das vendas e da produção no segundo trimestre, com um início de retomada no terceiro trimestre e uma consolidação do crescimento no quarto e último trimestre do ano.

Ele ressaltou que o recuo da produção em abril será mais forte do que em março, uma vez que as fábricas já estão todas paradas desde o início do mês – em março as paralisações começaram na segunda quinzena. Garantiu também que as empresas estão se preparando para quando a crise passar e a produção puder ser retomada.

Por enquanto, as projeções da Anfavea para 2020, divulgadas em janeiro, são de crescimento de 9,4% para o mercado interno e de 7,3% para a produção.

Já para a exportação a previsão é de queda de 11%.