O presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, afirmou durante um debate sobre diversidade que se não fosse a Ana Botín, presidente executiva do Grupo, talvez ele não estivesse no comando do banco no País. “Nós somos comandados por uma mulher. Não fosse a Ana Botín possivelmente eu não estaria onde estou. Talvez eu fosse diverso demais, com opinião, mas ela tem uma visão de mundo diferente da que teve o pai”, disse ele, durante congresso de recursos humanos (Conarh), que acontece essa semana, em São Paulo.

Rial afirmou que além de ser “careca, ter opinião e falar demais”, não era um “banqueiro clássico” quando foi escolhido para comandar o Santander no Brasil. Lembrou ainda que estava fora do segmento embora já tivesse atuado por muito tempo no setor bancário. Além de 18 anos no ABN, também passou pelo então banco americano Bear Stearns.

Com 58 anos, Rial está no comando do Santander Brasil desde janeiro de 2016. Chegou ao banco em 2015 como membro do Conselho de Administração da instituição. Sob as suas mãos o Santander fez uma virada no País. Além de embarcar numa trajetória de crescimento de resultados e ampliação de seus negócios, o banco melhorou substancialmente sua rentabilidade, que passou de 12,6% no primeiro trimestre de 2016 para 19,1% ao final de junho último. Analistas esperam, inclusive, que o banco quebre a barreira dos 20% nos próximos trimestres.

Assim, o Santander Brasil conseguiu se firmar como principal gerador de resultados do Grupo no mundo, desbancando seu principal concorrente, o Reino Unido. A ultrapassagem ocorreu há dois anos e, desde então, a operação brasileira tem se mantido na liderança.

Educação

Questionado sobre quais têm de ser as prioridades do próximo presidente da República no Brasil, considerando o estímulo à diversidade, Rial citou a necessidade de uma maior atenção com a educação no País. “Braços juntos na educação. Não há nada mais transformador que a educação para valer”, disse ele, que completou: “Por favor, nos insira no século XXI”.