Grandes animais marinhos estão entrando na lista de extinção de forma cada vez mais acelerada. No topo, espécies como baleia-azul, pinguim-imperador, tartaruga-de-pente, tubarão-martelo e a vaquita, uma espécie rara de golfinho endêmica do Golfo da Califórnia.

Diante da informação, é difícil não lembrar das imagens de canudinhos presos ao sistema respiratório das tartarugas, mas dados da Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que eles participam com apenas 0,03% da poluição oceânica. O problema crônico está na pesca. Além de contribuir com 46% dos plásticos boiando nos mares (redes e outros equipamentos) a atividade tem impactos nefastos na matança acidental dos animais e no desequilíbrio do ecossistema.

De acordo com o documentário Seaspiracy, lançado pela plataforma de streaming Netflix em março, mais de 300 mil baleias e golfinhos são mortos por ano como resultado da captura acidental pela pesca industrial. Um só barco de pesca de atum mata cerca de 45 golfinhos para pegar oito atuns. Para tentar reduzir o volume de plásticos que chega aos mares, hoje estimado em 11 milhões de toneladas/ano, a ONU trabalha na campanha Mares Limpos. Mais de 60 países já aderiram. O Brasil não está na lista.

(Nota publicada na edição 1253 da Revista Dinheiro)