LONDRES (Reuters) – Os britânicos que estão com dificuldades para conseguir tomates, pimentões e pepinos enquanto o país enfrenta uma escassez que pode durar mais um mês podem considerar comprar nabos, disse a ministra encarregada do abastecimento de alimentos do país nesta quinta-feira.

Na quarta-feira, o maior grupo de supermercados do Reino Unido, Tesco, seguiu os concorrentes Asda, Morrisons e Aldi na imposição de limites de compra de saladas depois que as colheitas prejudicadas no sul da Europa e no norte da África reduziram a oferta.

A escassez foi agravada porque os altos custos de energia levaram a uma menor produção de inverno em estufas no Reino Unido e na Holanda.

+ Economia do Reino Unido mostra ânimo inesperado em fevereiro, aponta PMI

+ Vendas no varejo do Reino Unido sobem 0,5% em janeiro ante dezembro

Thérèse Coffey, ministra do Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais, disse que os britânicos podem comer mais sazonalmente, embora ela seja consciente de que os consumidores se acostumaram a supermercados que garantem a disponibilidade durante todo o ano de quase todos os produtos.

“É importante assegurar que valorizamos as especialidades que temos neste país”, disse ela ao Parlamento.

“Muitas pessoas estariam comendo nabos agora, em vez de pensar necessariamente em… alface e tomate”, afirmou ela, referindo-se ao vegetal de raiz tradicionalmente disponível no Reino Unido nesta época do ano.

Ela disse que a escassez pode durar até um mês.

“Fui informada por meus funcionários após discussão com varejistas do setor… que a situação vai durar cerca de duas a quatro semanas. É importante que tentemos e tenhamos certeza de obter opções alternativas de fornecimento”, declarou ela.

(Reportagem de James Davey e Kylie MacLellan)

tagreuters.com2023binary_LYNXMPEJ1M0J6-BASEIMAGE