No programa MOEDA FORTE desta semana, Carlos Sambrana, diretor de redação da ISTOÉ DINHEIRO, recebe Samuel Canineu, CEO do banco ING no Brasil. Na crise bancária de 2008, o banco quase desapareceu em meio a perdas bilionárias. Mas, socorrido pelo governo holandês, deu a volta por cima e no ano passado registrou um lucro líquido de 4,9 bilhões de euros.

No Brasil, o executivo tem a missão de consolidar o ING como um dos grandes players do mercado de atacado. Nesta entrevista, ele vai falar sobre sua estratégia para atingir esse objetivo.

Neste segundo bloco (acima), ele fala sobre a operação do banco no País. Segundo ele, o ING no Brasil é um banco de atacado, ou seja, um banco para grandes empresas e atua em setores como commodities, energia, infraestrutura, Telecom e tecnologia. “Temos quase R$ 20 bilhões de ativos, patrimônio líquido de R$ 900 milhões e bastante vontade para crescer no Brasil”, diz. De acordo com Canineu, o principal negócio do banco no País são os empréstimos. “A nossa operação hoje no Brasil é anticíclica. Nos últimos três anos, o ING só cresceu”, afirma.

BLOCO 1

Canineu conta que, antes da crise, o ING era um banco global com mais de 100 mil funcionários. Hoje, tem 51 mil colaboradores. “Após a crise, o banco teve que voltar à base e focar nos principais negócios”, afirma. De acordo com o executivo, o banco voltou a crescer e, no varejo, já é o maior de internet do mundo. “O modelo digital do ING está crescendo muito. Ano passado foram 1,5 milhão de novos clientes”, diz.