O temor de demora na aprovação da reforma da Previdência gera cautela no mercado, sobretudo na bolsa, nesta sexta-feira, 12. O Ibovespa acelerou o ritmo de queda há pouco, perdendo a marca dos 105 mil pontos, após as afirmações do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ao chegar à Casa nesta manhã, ele disse que o importante é terminar o primeiro turno da reforma da Previdência nesta sexta. Além disso, afirmou: “não podemos correr risco de ir para o segundo turno e perder a votação”, diz. O presidente pretendia votar o segundo turno ainda esta semana. Há instantes, o plenário reabriu a sessão que retomará a votação dos destaques da reforma, cuja sessão estava prevista para às 9 horas.

A despeito da alta das bolsas em Nova York e na Europa, o Ibovespa caía 0,62%, aos 104.490,50 pontos, às 11h40. O dólar à vista cedia 0,05%, a R$ 3,7483. Na renda fixa, os investidores voltam as atenções para o debate acerca da possibilidade de queda da taxa Selic no Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês.

Os juros futuros curtos renovaram mínimas e passaram a precificar chance de 68% de o Copom optar por um corte de 0,50 ponto porcentual do juro em julho. Uma redução de 0,25 ponto porcentual ficou minoritário, com probabilidade de 32%, segundo cálculo do Haitong Banco de Investimentos.

Enquanto aguarda novidades sobre a votação dos destaques da reforma da Previdência, os investidores avaliam a informação de que o governo deve anunciar novas medidas que estão sendo desenhadas e serão divulgadas no relatório do dia 22, conforme o secretário especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues. Ele pontuou nesta manhã de sexta que, nos últimos meses, o Brasil passou por crescimento do número de recuperações judiciais em 2019. Para atuar especificamente sobre esta questão, o secretário anunciou que o governo pretende promover uma “mudança estrutural” no sistema de falência e recuperação de empresas no Brasil.