As bolsas asiáticas não tiveram sinal único, nesta sexta-feira. A jornada foi negativa em Tóquio, na volta de um feriado, absorvendo notícias negativas desta semana da Apple, enquanto na Bolsa de Xangai declarações do governo de Pequim de que deve haver em breve mais estímulos à economia melhoraram o humor dos investidores.

Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou em queda de 2,26%, em 19.561,96 pontos, mesmo diante da recuperação do dólar ante o iene durante o pregão local, o que tende a ajudar ações de exportadoras. Fornecedoras da Apple no Japão tiveram os piores desempenhos, na volta do mercado do feriado do ano-novo, após a empresa americana afirmar nesta semana que prevê resultados piores de suas vendas, diante da desaceleração na economia chinesa. Fornecedora da Apple, Murata teve queda de 9,8%. Os juros dos bônus do governo do Japão (JGB) recuaram diante da aversão ao risco, o que ajudou ações de bancos e seguradoras.

Na China, a Bolsa de Xangai fechou em alta de 2,05%, em 2.514,87 pontos, com ganho de 0,8% na comparação semanal, e a de Shenzhen, de menor abrangência, subiu 2,7%, a 1.279,49 pontos. A expectativa de estímulos econômicos, inclusive de cortes no compulsório bancário, impulsionaram o apetite por risco, após declarações sugerindo essas medidas do premiê Li Keqiang, veiculadas pela imprensa oficial. A Bolsa de Xangai chegou a bater mínima em quatro anos no início dos negócios, mas as declarações do primeiro-ministro melhoraram o humor, com corretoras se destacando, ao lado de bancos e seguradoras.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou alta de 2,24%, para 25.626,03 pontos. O mercado local ganhou força na parte da tarde, apoiado por ações de farmacêuticas.

Na Coreia do Sul, o índice Kospi subiu 0,83%, a 2.010,25 pontos, interrompendo uma sequência de dois dias de baixas. Investidores aproveitaram quedas recentes para comprar ações de montadoras, como Hyundai Motor (+2,6%) e Kia Motors (+2,1%). Já a gigante do setor tecnológico Samsung Electronics recuou 0,4%.

Em Taiwan, o índice Taiex registrou queda de 1,2%, em 9.382,51 pontos, caindo 3,5% ao longo da semana, sobretudo por causa dos sinais da Apple, que pesaram em ações de tecnologia. TSMC e Largan Precision atingiram mínimas em 18 meses, com quedas de cerca de 4%, enquanto Catcher, fornecedora da Apple, recuou 7%.

Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 teve baixa de 0,25%, a 5.619,40 pontos. Houve diminuição das perdas na parte da tarde no pregão na Bolsa de Sydney, diante da força de papéis do setor de energia, com a melhora nos preços do petróleo. Origin Energy, Woodside Petroleum e Santos ganharam todas mais de 1%, mas papéis ligados à tecnologia da informação, à indústria e ao consumo em geral recuaram.