A tecnologia foi um dos principais pilares de sustentação da economia de 2020, abalada pela crise sanitária da pandemia de Covid-19. As próprias empresas que fornecem tecnologia para outras companhias tiveram de superar obstáculos e se reinventar para sobreviver e ajudar os parceiros e clientes a passarem pela tormenta — que dura até hoje. A Stefanini fez mais do que isso. Com forte governança, tradição de mais de uma década na empresa, fez sete aquisições e aumentou sua capa- cidade de atendimento às demandas de transfor- mação digital dos clientes. Reforçou também sua cultura de responsabilidade social diante de um momento difícil da humanidade. A união de inova- ção, governança e atuação social rendeu à Stefanini a conquista do prêmio AS MELHORES DA DINHEIRO 2021 na categoria tecnologia, software e serviços. “A crise tira as pessoas e as empresas da zona de conforto. Os grandes avanços da humanidade ocorrem nesses momentos. Nossa característica é aproveitar para criar senso de urgência, pelo lado positivo, para avançar nas mudanças”, disse Marco Stefanini, fundador e CEO global da companhia brasileira, que tem 34 anos de atuação.

A sólida governança corporativa da Stefanini foi construída ao longo dos anos. Ética e complian- ce sempre foram colunas da companhia, mesmo mantendo seu capital fechado por mais de três décadas. Entre os nomes que ajudaram a formar esse alicerce, em trabalho desenvolvido pelo con- selho de gestão, estão João Cox, ex-presidente da Claro, e Luiz Fernando Furlan, ex- -ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. “Temos conselho há 14 anos. Todos esse trabalho de gestão vem em decorrência de um modelo de governança forte”, afirmou Marco Stefanini. O grupo possui 25 empresas em sua estrutura, presença em 41 países e 27 mil funcionários — sendo 16 mil no Brasil. Um arcabouço corporativo que faturou R$ 4 bilhões ano passado, 20% de crescimento em relação ao ano anterior, a partir de vendas de soluções de analytics, cloud, inteligência artificial, indústria 4.0, soluções financeiras (core bancário, processamento de cartões, Banking as a Service, soluções de segurança para internet e mobile banking) e segu- rança cibernética.

MARCO STEFANINI EMPRESA: Stefanini. CARGO: CEO. DESTAQUES DA GESTÃO: sete aquisições, que aumentaram a capacidade de atendimento, e senso de urgência para avançar em cenários de mudança. (Crédito:Divulgação)

Apesar de grande integração de produtos digitais, 2020 foi um ano desafiador e a companhia se reforçou. Adquiriu sete empresas: Cyber Smart Defense (CSD), na Romênia; Holding Haus (dona da agência W3haus, de marketing digital); Logbank (que atua com um modelo em white label para soluções de payment service provider) Mozaiko (focada em ofertas para o setor varejista); N1 IT (consultoria em TI especializada em serviços na nuvem), e duas unidades Diebold Nixdorf Brasil — Online Fraud Detection (OFD) e ServCore, com foco na prevenção de fraude de comércio eletrônico e auto-mação de canal. Essa última, uma das maiores e mais importantes aquisições dos últimos cinco anos, pois complementa a oferta para serviços financeiros da empresa, maior segmento do grupo e que repre- senta 30% do faturamento. Com a evolução do Pix e do open banking, a expectativa é de que essa linha cresça de 40% a 50% nos próximos dois anos. Serão destinados R$ 500 milhões para novas aquisições até 2022. “Pé no acelerador. Aceleramos as aquisi- ções e continuaremos forte.”

Criada em 1987 como uma empresa de treina- mento e educação, a Stefanini sempre manteve uma parte importante de sua atuação voltada para a responsabilidade social. Fruto dessa ideologia, o Instituto Stefanini nasceu em 2001 para ajudar a resolver os problemas globais. No Brasil, possui unidades em São Paulo e em Osasco (SP). Com foco voltado para a inclusão digital, prepara ado- lescentes e adultos para o mercado de trabalho. Outro braço social da empresa é o Stefanini Cares, que atua na América do Norte, na Ásia e no Pacífico. Levanta a bandeira do voluntariado e da caridade, com doação de presentes durante todo o ano e apoio a organizações não governamentais. E, mais recentemente, em 2019 com ganho de escala em 2020, implementou o Emea Stefanini Institute, na Romênia, para oferecer oportunidades educacionais para jovens e pessoas vulneráveis.