O perfil dos trabalhadores de call center está mudando, sendo que 53% dos trabalhadores têm mais de 30 anos, deixando para trás aquela percepção de que o call center era ‘bico para o jovem’. Essa é uma das conclusões do estudo realizado pela startup Instituto Cliente Feliz em parceria com a Quorum Brasil.

“O interessante a se concluir é que aquilo que antes era chamado de ‘bico para jovens’ já caiu por terra”, afirma Gisele Paula, cofundadora do ReclameAqui e fundadora do Instituto Cliente Feliz.

“Vemos hoje um perfil de pessoas dedicadas e que realmente desejam crescer em suas carreiras. Eles entendem a importância dos estudos e aprimoramentos para a construção de uma carreira sólida, e acreditam que conhecimento muda o futuro no emprego e na vida. Espero que por meio dessa pesquisa as pessoas se tornem mais empáticas ao entrar em contato com call centers e possam dar um alô mais alegre para quem está do outro lado”, analisa Paula

De acordo com a pesquisa, 53% dos trabalhadores têm mais de 30 anos e a renda média desse profissional em São Paulo gira em torno de R$2.200 para 48% dos participantes do levantamento.

Além disso, 66% dos trabalhadores mudariam de empresa por um ambiente melhor; 71% afirmam que se estudarem mais subirão de cargo na empresa e 91% deles asseguram que treinamentos são importantes para seu crescimento na carreira.

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Considerando os perfis demográficos, 84% desses profissionais são do sexo feminino e são elas que compõem a renda familiar, representando 86% do total.

“Esse levantamento é inédito e de suma importância para entendermos o perfil de quem está na outra ponta. Ou seja, para conseguimos traçar não apenas a ‘persona’, mas entendermos também as necessidades humanas e mais sensíveis desses colaboradores. Conseguimos, por exemplo, perceber que ao trabalhar home office (caso de 89%) na pandemia, muitos conseguiram melhorar a produtividade (38%), o relacionamento com os filhos (86%) e com seus parceiros (36%)”, comenta Gisele Paula.

Outros dados interessantes são sobre como essas pessoas ocupam suas horas livres: 83% costumam realizar as atividades domésticas após o expediente e 50% assistem TV, 67% fazem churrasco com a família e outros 67% costuma ficar nas redes sociais, sendo Instagram (100%), Whatsapp (83%) e LinkedIn (67%) as três favoritas.

Além disso, o estudo revela que 50% dos profissionais ficam mais de 3 horas por dia nas redes sociais. Por outro lado, 50% disseram ainda que ficam entre 1 e 2 horas por dia estudando, lendo livros, artigos, revistas, jornais.