Com uma doença grave, Sergio Marchionne terá que deixar o cargo. Para o seu lugar, a Fiat Chrysler (FCA) nomeou o presidente de Jeep, Mike Manley, e a Ferrari escolheu o da Philip Morris, Louis Carey Camilleri.

Marchionne também era presidente da CNH industrial e será substituído pela britânica Suzanne Wood, anunciou o último dos três grupos controlados pela família Agnelli.

Em um comunicado, a FCA anunciou “com profundo pesar que esta semana Marchionne sofreu complicações inesperadas durante sua recuperação após uma cirurgia, que pioraram seriamente nestas últimas horas. Portanto, Marchionne não poderá retomar o trabalho”.

Marchionne, de 66 anos, foi submetido a uma cirurgia em junho, oficialmente do ombro direito. Sua última aparição pública foi em 27 de junho em um evento em Roma.

Os executivos dos três grupos se reuniram neste sábado à tarde, emergencialmente, para tratar dessa sucessão antecipada.

Ficou decidido que o britânico Mike Manley, de 54 anos, e conselheiro delegado da Jeep e da Ram (caminhonetes e furgões) ocupará o cargo.

Manley assumiu a presidência da Jeep em 2009 e sob seu comando a fabricante americana passou de 337.000 veículos vendidos em 2008 – 80% na América do Norte -, para quase 1,4 milhão em 2017, e espera vender 1,9 milhão neste ano.

Segundo a Morgan Stanley, a Jeep deve representar aproximadamente 70% dos lucros do grupo neste ano.

Para assumir o cargo de Marchionne na Ferrari, foram nomeados John Elkann como presidente e Louis Camilleri como administrador delegado.

Nascido em 1955 na Alexandria (Egito), Camilleri começou a trabalhar en 1978 em Philip Morris, onde era era conselheiro delegado desde 2002. O grupo é muito ligado à Ferrari por ser o patrocinador da Scuderia.