O professor do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP) Pedro Roberto Jacobi afirmou que a mudança do regime de chuvas inviabiliza os piscinões. “Os eventos extremos demandam que a manutenção urbana seja cada vez mais importante e que os rios e os fluxos hídricos tenham capacidade de assimilação do volume de água quando temos precipitações muito além do esperado.”

Encarado como uma espécie de vilão entre os especialistas, o piscinão hoje serve como uma solução para situações emergenciais. Alto custo, de difícil manutenção, em muitos casos ele se torna depósito de lixo em períodos de seca, concentra insetos e roedores, o que traz riscos à saúde da comunidade no entorno. Por outro lado, em casos de grandes tempestades é o que impede inundações maiores.

Jacobi lamenta a falta de planejamento a longo prazo. “Houve um movimento importante de implementação de parques lineares que depois se interrompeu. Esse é um dos grandes complicadores da política pública: a descontinuidade de certos tipos de agenda.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.