A farmacêutica norte-americana Merck & Co. (MSD) solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a autorização para o uso emergencial do comprimido molnupiravir, antiviral desenvolvido pela Merck e Ridgeback Therapeutics, contra a covid-19. O pedido foi realizado nesta sexta-feira (26). Vale destacar que, na primeira semana de novembro, o uso do remédio foi aprovado no Reino Unido.

A proposta do molnupiravir é prevenir a replicação do vírus no corpo. Segundo pesquisas preliminares divulgadas em outubro, pessoas que tomaram o antiviral até 5 dias depois do início dos sintomas de Covid-19 tiveram quase 50% a menos do número de hospitalização e morte, em comparação aos pacientes que tomaram um comprimido inativo.

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Mesmo assim, o tratamento não é 100% eficaz, segundo especialistas. Em pacientes em estados avançados da doença, o antiviral não teve tanto efeito. Além disso, é importante lembrar que o remédio não substitui as vacinas.

De acordo com Hugo Nisenbom, presidente da MSD no Brasil, o remédio pode ser um forte aliado das vacinas contra a pandemia.

“As vacinas continuam sendo essenciais no controle da Covid-19 e a disponibilização de tratamentos antivirais será uma forte aliada no combate à pandemia para reduzir as complicações pela doença”, disse.

A Fiocruz, responsável pela produção de uma das vacinas contra a Covid-19 junto a AstraZeneca, anunciou, recentemente, que irá fazer testes para comprovar a eficácia do molnupiravir no país.

Ademais, existem negociações com a farmacêutica norte-americana MSD para possíveis estudos futuros sobre o antiviral no enfrentamento de outras doenças, como a dengue e a chikungunya.