Após um gargalo no começo do ano devido à dificuldade para obtenção de licenças, a MRV Engenharia apresentou expansão dos lançamentos e das vendas no segundo trimestre, que atingiram nível recorde para o período, segundo relatório operacional divulgado há pouco pela companhia. Apesar do avanço, a companhia precisará acelerar mais o ritmo das operações no segundo semestre para atingir suas metas.

As vendas líquidas somaram R$ 1,285 bilhão entre abril e junho, crescimento de 10% em relação aos mesmos meses do ano passado. O avanço foi resultado de vendas brutas de R$ 1,529 bilhão (alta de 5,4%) e distratos de R$ 243 milhões (recuo de 13,9%). A relação entre os distratos e as vendas brutas caíram para 15,9%, ante 19,5% um ano antes.

Por sua vez, os lançamentos totalizaram R$ 1,709 bilhão, aumento de 28,3% nas mesmas bases de comparação. A companhia reportou ainda geração de caixa de R$ 98 milhões no segundo trimestre, queda de 5% na comparação anual.

A incorporadora sustentou a meta de alcançar um ciclo de produção de 50 mil unidades no ano e afirmou que espera que o segundo semestre seja mais robusto para os lançamentos e as vendas. No acumulado do primeiro semestre, a MRV teve 16.417 lançamentos (32,8% da meta) 20.704 vendas brutas (41,4%) 16.896 unidades produzidas (33,8%) e 23.076 unidades repassadas (46,1%).

“Conseguimos fechar o primeiro semestre com crescimento, como pretendíamos. E estamos confiantes de que vamos atingir a meta. O segundo semestre tradicionalmente é mais robusto”, afirmou o copresidente da MRV, Eduardo Fischer, em entrevista ao Broadcast.

A MRV possui um banco de terrenos em que 43,2 mil unidades já contam com alvará de construção, totalizando R$ 6,51 bilhões em valor geral de vendas (VGV). Desse montante, 19,5 mil unidades, ou R$ 3 bilhões em valor geral de vendas, já têm o registro de incorporação, permitindo o lançamento imediato pela incorporadora. “Isso mostra que não haverá quebra de lançamentos”, salienta Fischer.

Terrenos

A MRV também está chegando ao fim do seu ciclo de expansão do banco de terrenos para dar suporte ao aumento das operações. A partir de meados do próximo ano, as compras de terras serão semelhantes ao das unidades lançadas, com o intuito de apenas repor o estoque.

“Começamos a enxergar que já temos estoque suficiente para as operações e, a partir de 2019, entraremos em um movimento de recomposição”, explicou Fischer. No segundo trimestre foram adquiridos 48 terrenos, representando um VGV potencial de R$ 3,3 bilhões.