A Educafro (Edicação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes) e o Centro Santo Dias de Direitos Humanos ingressaram na Justiça contra a Zara, do grupo espanhol Inditex, com pedido de indenização de R$ 40 milhões por dano moral coletivo. As informações são do UOL.

A ação acontece depois que uma delegada da Polícia Civil alegou ter sofrido discriminação racial em um shopping em Fortaleza. Um vídeo em que policiais vão à loja para averiguar a denúncia viralizou nas redes sociais neste mês (veja abaixo).

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O suposto caso de racismo, que aconteceu em 14 de setembro, começou com o impedimento de Ana Paula Barroso de entrar na loja por “determinação da segurança do shopping”.

Representantes da Zara alegam que o fato ocorreu pelo fato de a delegada e diretora-adjunta do Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis da Polícia do Ceará estar tomando um sorvete e utilizando a máscara de maneira inadequada.

A delegada confessa que estava de fato comendo, mas que procurou seguranças do shopping para confirmar a proibição de ingressar na loja com alimentos. Diante das negativas, Ana Paula voltou à loja, onde, segundo o boletim de ocorrência, o gerente teria confirmado a versão da delegada.

Em entrevista ao jornal O Globo, Ana Paula diz que o gerente “tentou justificar (dizendo) que tem amigos negros”.