Em assembleia na madrugada desta quarta-feira (1), motoristas e cobradores de ônibus da cidade de São Paulo aprovaram a paralisação do transporte público urbano por ônibus, na próxima segunda-feira (6). Não houve evolução nas negociações salariais e os trabalhadores decidiram pela greve.

“Os empresários e o Poder Público insistem em uma proposta salarial vergonhosa, que já foi rejeitada. O pedido dos trabalhadores é de reajuste salarial de 12,47%, mais aumento real, fim da hora de almoço não remunerada, participação nos lucros (PLR), fim do desconto no vale refeição quando os trabalhadores entregam atestado médico, melhorias no plano de saúde, fim das nomenclaturas no setor de manutenção, garantia da data-base, reajustes no vale refeição e garantia de todos os outros pontos da Convenção Coletiva”, afirma, em nota, o presidente do Sindmotoristas, Valdevan Noventa.

Noventa disse que foi proposto um reajuste de apenas 10% parcelado nos salários dos trabalhadores, aquém do percentual pleiteado pela categoria. “É inaceitável um reajuste inferior à inflação. Os trabalhadores merecem reconhecimento e respeito”, disse.

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Em nota, a São Paulo Transporte (SPTrans) informou que obteve decisão liminar na Justiça do Trabalho, na noite desta terça-feira (31), que determinou a manutenção de 80% da frota operando nos horários de pico e 60% nos demais horários, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. “A SPTrans acompanha as negociações trabalhistas entre os operadores de ônibus e as empresas concessionárias e espera que haja entendimento entre as partes e que a população de São Paulo não seja prejudicada”, completa.

O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) afirmou, em nota, “a intenção de manter as negociações, buscando solucionar o impasse com a categoria dos trabalhadores e evitar qualquer problema na prestação dos serviços de transporte urbano, essenciais à mobilidade da população”.