Na semana em que a Lyft fará suas primeiras divulgações de resultados e que a Uber realizará seu aguardado IPO, motoristas dos serviços de transporte em todo o mundo farão greve nesta quarta-feira  para reivindicar aumento no pagamento e redução das taxas. No Brasil, o movimento deverá ocorrer em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Tocantins, Pernambuco, Espírito Santo e Bahia.

Lideranças de associações de motoristas autônomos pediram para os profissionais desligarem o aplicativo por 24 horas a partir desta quarta. Apesar da mobilização mundial, os representantes dos trabalhadores não estimaram quantos participarão ou qual o impacto no serviço.

Em dez cidades dos Estados Unidos, três na Inglaterra e uma na Escócia, funcionários do serviço irão protestar contra a taxa cobrada pelos aplicativo sob cada corrida realizada. Atualmente a Uber cobra em média 20% por corrida (varia por cidade) enquanto a Lyft taxa em um quarto cada serviço prestado.

As reivindicações variam para cada país, mas a redução paga pelo motorista para a Uber por cada corrida é um dos temas centrais. No Brasil, a categoria quer reduzir dos atuais 20% para 15%. Os motoristas brasileiros também pedem aumento de R$ 2 na tarifa básica de corrida e ações de melhoria na segurança, como a obrigatoriedade de foto dos passageiros que solicitarem as corridas.

Essa não é a primeira vez que motoristas dos apps protestam, porém o timing desta vez é vital uma vez o IPO do Uber é um dos mais aguardados em anos e pode bater recordes de arrecadação, deixando muitos funcionários da empresa ricos em questão de horas.

A ação da greve irá variar de acordo com a cidade. Em Nova York, motoristas irão desligar o aplicativo na hora do rush pela manhã, enquanto que em Los Angeles, Boston e San Diego a paralisação irá durar toda o dia. Na Philadelphia motoristas promoverão um piquete no hub da Uber na cidade, e ainda defendem que os aplicativos abram para os passageiros quanto de dinheiro da corrida vai para os motoristas, e quanto vai para as empresa.

No Reino Unido, Londres, Birmingham, Nottingham e Glasgow, motoristas pararão por nove horas, e conclamam que os usuários façam o mesmo. Além das cidades citadas, Atlanta, San Francisco e Chicago também realizarão protestos em prol de uma melhor remuneração dos motoristas de aplicativos.