MOSCOU (Reuters) – A Rússia relatou nesta sexta-feira um número recorde de mortes ligadas à Covid-19 em Moscou, em meio a uma disparada de infecções que as autoridades atribuem à variante Delta e ao progresso lento do programa de vacinação.

As autoridades russas têm buscado incentivar as pessoas a se inocularem devido à procura baixa pela vacina desde que os casos começaram a disparar neste mês.

A força-tarefa anti-coronavírus do governo relatou 20.393 casos novos de Covid-19, sendo 7.916 em Moscou — o maior número de casos confirmados em um único dia desde 24 de janeiro, o que eleva o total nacional desde o início da pandemia a 5.409.088.

O governo disse que 601 pessoas morreram de causas ligadas ao coronavírus nas últimas 24 horas, 98 delas na capital, o que eleva o total de óbitos do país a 132.064. São Petersburgo também relatou 98 mortes.

A agência federal de estatísticas mantém uma contagem separada e diz que a Rússia registrou cerca de 270 mil mortes ligadas à Covid-19 entre abril de 2020 e abril de 2021.

As autoridades de Moscou ordenaram que, a partir de segunda-feira, bares e restaurantes só sirvam pessoas que mostrarem um código QR que prova que foram vacinadas, tiveram uma infecção que indica imunidade ou tiveram um exame negativo recente.

Como a procura por vacinas aumentou muito, o Kremlin disse nesta sexta-feira que a falta de vacinas na Rússia também tem relação com dificuldades de armazenamento e que a escassez será resolvida nos próximos dias.

(Por Gleb Stolyarov)

tagreuters.com2021binary_LYNXNPEH5O0NR-BASEIMAGE