Matar na política é uma prática nacional de cinco séculos. Ainda assim conseguiu chamar a atenção o homicídio que o funcionário público bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho cometeu contra o petista Marcelo Aloizio de Arruda, que era guarda municipal, na noite de sábado (9), em Foz do Iguaçu (PR). Arruda comemorava o aniversário de 50 anos com uma festa temática em referência a Lula e ao PT. Guaranho, que não era convidado, foi até o local e ameaçou atirar nas pessoas. Estava acompanhado de uma mulher e um bebê. Depois das ameaças ele retornou sozinho e atacou Arruda que, mesmo baleado, reagiu a tiros. O petista morreu. O bolsonarista foi atingido e estava internado em estado grave até a quarta-feira (13). Sobre o episódio, o presidente Bolsonaro disse “_________________” (preencha o que quiser, você sabe que o blá-blá-blá presidencial não tem aplicação na civilidade nem com o respeito à vida). Sob qualquer prisma, a narrativa do evento paranaense deve ser construída a partir do fato de que o assassino bolsonarista apareceu numa festa sem ser chamado e praticou o homicídio. Algo como um torcedor da Gaviões da Fiel aparecer numa festa temática de um sócio da Mancha Alviverde e sair disparando.

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BOLSA BOLSONARO
Auxílio-voto tem fila crescente

Chamar as coisas pelos nomes que elas têm ajuda a saber mais sobre elas. Pode chamar de Bolsa Família ou Auxílio Brasil. Ou pode chamar de Auxílio-Voto. A despeito de sua urgência e necessidade, ambos os programas são dutos de votos ao Executivo federal nas eleições. Em abril, mês com as informações mais recentes, havia 2,8 milhões de famílias, somando 5,3 milhões de pessoas, com o perfil necessário para ter direito ao benefício e aguardavam na fila. Além delas, a Confederação Nacional dos Municípios estima que outro número de igual porte forme uma espécie de demanda reprimida. É a fila da fila. E ela só cresce.

JUSTIÇA
Twitter processa Elon Musk

Adrien Fillon

Na terça-feira (12), o Twitter entrou com uma ação na Justiça americana contra o empresário e bilionário Elon Musk para forçá-lo a honrar o acordo de US$ 44 bilhões pela compra da empresa. Musk, que chegou a anunciar o acordo de aquisição da plataforma de rede social, voltou atrás afirmando que iria desistir porque a companhia violou o acordo ao não fornecer informações solicitadas por ele. O Twitter agora quer que a Justiça obrigue Musk a cumprir o que disse.

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Número de leis restritivas em relação à exportação de alimentos adotadas entre janeiro e junho deste ano ao redor do mundo, diz o Banco Mundial. A maioria visa conter preços de alimentos em seus respectivos mercados internos. O número multiplicou por cinco a partir da invasão da Ucrânia pela Rússia, no fim de fevereiro.

“Tudo para nós, nada para os outros. Essa parece ter sido, em qualquer época, a máxima vil dos mestres da humanidade” ADAM SMITH (1723-1790).