Em 2016, a Uber recebeu um aporte de US$ 3,5 bilhões da Arábia Saudita a integrou um dos membros do governo em seu conselho administrativo. Agora, a manutenção da parceria e projeção de novos investimentos esfriaram após a morte do jornalista Jamal Khashoggi e os fortes indícios da participação saudita no seu assassinato.

Segundo o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, até que a situação não seja esclarecida, a empresa não deve mais se envolver ou aceitar investimentos do governo árabe.

“Até aprendermos mais, não estamos em posição de agir de uma forma ou de outra”, afirmou ao Wall Street Journal. “O ato em si foi horrível. E estamos ansiosos para saber mais e depois conversaremos com nosso conselho e decidiremos o melhor caminho a seguir.”

Khosrowshahi foi um dos primeiros grandes CEOs a desistir de um importante fórum empresarial saudita no mês passado. Diversos outros líderes boicotaram o evento em protesto ao assassinato do jornalista.

O CEO disse nesta terça-feira (13) que quando se retirou do evento em Riad ainda “não sabia dos fatos” sobre o que havia acontecido com Khashoggi, mas achava que era “inapropriado comparecer” na época.

Apesar de suspender as relações, Khosrowshahi afirma ainda ser cedo para tomar qualquer decisão mais enfática sobre o ocorrido.

“Uma de nossas normas é: ‘nós fazemos a coisa certa, ponto final’ – mas isso é baseado em nossos julgamentos sobre qual é a coisa certa.”