Morreu, nesta quarta-feira (16), aos 61 anos, o designer Fernando Campana. A causa da morte não foi revelada. O anúncio foi feito por meio das redes sociais do Estúdio Campana. Na publicação foi pedido que respeitassem “a privacidade da família neste momento”.

Fernando fez carreira ao lado do irmão, Humberto Campana. Juntos fundaram o Estúdio Campana, no final da década de 80, e criaram móveis e obras de arte, tendo como um dos lemas a sustentabilidade.

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Até hoje, os irmãos são um dos poucos brasileiros que possuem peças no acervo no Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMA.

Os Campana nasceram em cidades do interior de São Paulo – Humberto em Rio Claro, Fernando em Brotas – e de lá se projetaram para o mundo.

Eles colecionam prêmios como arquitetos e designers – em 2009, foram escolhidos como os Designers do Ano de Miami; e em 2013, entraram para a lista da Forbes como um dos 100 brasileiros mais influentes, só para citar alguns.

Em 2019, o estúdio comemorou 35 anos, já reconhecido como pioneiro do design disruptivo, fruto de uma linguagem pioneira desenvolvida pelos Campana em sua área.

“Com sede em São Paulo, a Campana está constantemente investigando novas possibilidades dentro do Design: da fabricação de móveis à arquitetura, paisagismo, moda, cenografia e muito mais. Unir disciplinas e incentivar a troca de conhecimentos entre comunidades e artistas são fontes vitais de inspiração, repertório novo e liberdade de pensamento. Trabalhar com várias marcas e indústrias permite combinar o melhor do artesanato, práticas de produção sustentáveis ​​e tecnologias de ponta”, diz o site do ateliê.

Em 2009, o Instituto Campana foi fundado para preservar o acervo para as gerações futuras. Em 2012, Fernando e Humberto Campana receberam o Prêmio Colbert Committee em Paris; foram homenageados pela Design Week em Pequim; receberam a Ordem do Mérito Cultural, em Brasília; e foram condecorados com a Ordem das Artes e Letras pelo Ministério da Cultura da França e eleitos designers do Ano pela Maison & Objet de Paris.