A agência de classificação de risco Moody’s afirmou que a transição energética no mundo, com a busca de menos emissões de gases causadores do efeito estufa, representa “riscos significativos para a indústria de petróleo e gás”. Segundo ela, há ameaças como a menor demanda por petróleo e gás com o tempo, graças a iniciativas políticas, mudanças de preferências dos consumidores e também tecnológicas que podem mudar o panorama, especialmente nos setores de energia e automóveis, o que gera ainda incertezas sobre a velocidade das transformações. “A provável volatilidade de preços consequente e a crescente pressão sobre as margens e os fluxos de caixa potencialmente levarão a ativos em desuso”, afirma a agência.

Os compromissos do Acordo de Paris são apontados como “uma ameaça significativa, com a ambição política global de reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa. Mesmo que a velocidade e o escopo da implementação das políticas sejam incertos, não há dúvidas sobre a intenção e a direção deles, segundo a agência. A Moody’s nota ainda que esses avanços em setores como geração de energia renovável têm ocorrido a um ritmo mais rápido que o antecipado.

Os efeitos diretos financeiros não devem aparecer durante anos, mas poderiam se materializar por volta da década de 2020.