A agência de classificação de risco Moody’s reafirmou a nota de crédito da Suzano Papel e Celulose em Ba1 e manteve sua perspectiva negativa para o rating. Em nota à imprensa, a agência explica que a avaliação segue o anúncio feito nesta sexta-feira, 16, de um acordo entre os controladores da Fibria e da Suzano para a fusão das duas empresas, que “criará o maior produtor de celulose de mercado do mundo”.

Na visão da Moody’s, o rating da Suzano reflete o fato de a companhia ser “beneficiada por um nível elevado de integração vertical com autossuficiência em fibras de madeira e energia”. A agência ressalta em sua justificativa também a proximidade das fábricas da empresa a florestas próprias e portos e a localização das fábricas.

“Além disso, sua diversidade em relação à celulose e papel se traduz em exposição a diferentes dinâmicas de mercado e contribui para fortalecer as margens operacionais mesmo em períodos de menor crescimento na indústria de papel do Brasil”, escreve a agência.

Entre os obstáculos à evolução do rating da Suzano, a Moody’s, elenca a “natureza volátil” da indústria de celulose e a possibilidade de um enfraquecimento da economia brasileira.

“A perspectiva negativa reflete o aumento dos níveis de dívida que a Suzano registrará na aquisição e os riscos de execução que envolvem uma combinação de negócios de tal magnitude”, diz o texto.