Ao melhorar a perspectiva da nota soberana do Brasil de “negativa” para “estável”, a agência de classificação de risco Moody’s afirma que o rating do País pode ser elevado caso as reformas estruturais do governo de Michel Temer acelerem o crescimento econômico e/ou levem a uma consolidação fiscal mais rápida. Por outro lado, o ressurgimento da desarticulação política pode levar a um rebaixamento da nota.

A piora do quadro político pode comprometer o ajuste fiscal e a implementação de políticas econômicas, ressalta a Moody’s. Já a implementação do teto que limita o crescimento dos gastos públicos seria mais um fator positivo para a avaliação de risco do Brasil.

A Moody’s destaca que a incerteza política que pressionou a perspectiva do rating do Brasil diminuiu em relação ao ano passado, marcado pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. Esse movimento ajuda na aprovação de reformas fiscais e sinaliza que as instituições brasileiras começam a funcionar mais efetivamente, de acordo com o comunicado. A Moody’s espera que a aprovação da reforma da Previdência ocorra no segundo semestre.

Ao falar da questão fiscal, a Moody’s ressalta que o Brasil tem uma dívida bruta elevada, mas o passivo apresenta algumas características, como a diversificação da base de investidores e a baixa exposição a moedas estrangeiras, que reduzem os riscos.