A vice-presidente da Moody’s e principal analista para o Brasil, Samar Maziad, afirmou que a “magnitude da revisão” da meta de déficit primário deste ano, de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões, “não afeta materialmente nosso cenário-base”, pois suas projeções incorporavam um número equivalente a 2,4% do PIB, enquanto a estimativa para 2018 era de um déficit fiscal de 1,7% do PIB.

“Uma trajetória mais lenta de consolidação fiscal em 2018-2020 é um desdobramento negativo de crédito”, destacou Samar, em comentário enviado para jornalistas. “No entanto, as perspectivas para o crédito do Brasil no médio prazo serão impactadas mais pelo resultado das reformas propostas”, disse.

Para ela, “se aprovada, a reforma da Previdência reduzirá o crescimento das despesas do governo, contribuindo para a restauração da sustentabilidade fiscal e para contenção do aumento da dívida pública.”