A montadora de carros elétricos chinesa Xpeng Motors vai realizar nesta semana uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa de Valores de Nova York e projeta levantar até US$ 1,1 bilhão. A companhia é apoiada pela maior rede varejista da China e uma das maiores do mundo, a Alibaba, além da Xiaomi.

Com a abertura de capital nos Estados Unidos, a empresa planeja vender 85 milhões de American Depositary Shares (ADR), onde cada um deles representa duas ações ordinárias da Xpeng.

+ Elon Musk vira o quarto homem mais rico do mundo, após nova escalada da Tesla
+ Startup de carros elétricos recebe US$ 50 milhões e quer combater a Tesla
+ Li Auto, empresa chinesa de carros elétricos, faz ótima estreia na Nasdaq

A meta é chegar a um valor entre US$ 11 e US$ 13 por ação, o que pode levar a empresa a alcançar um valor de mercado de US$ 9,2 bilhões.

Fundada em 2015, a Xpeng possui escritórios na China e na Califórnia. É uma das principais concorrentes da Li Auto, outra montadora chinesa que realizou IPO na Nasdaq mês passado, e da Nio, que já viu seus papéis valorizarem mais de 250% na bolsa americana.

Segundo a CNN, apesar de todo o conflito ideológico envolvendo Estados Unidos e China, onde as empresas do país oriental são as mais afetadas, a Xpeng acredita que o mercado norte-americano tem mais a oferecer do que o de outros países.

Nesse sentido, a companhia se considera mais uma empresa de tecnologia do que automobilística. Por isso, os investidores nos EUA teriam uma compreensão melhor do seu produto e tecnologias desenvolvidas do que outros mercados.

A companhia produz dois modelos de veículos elétricos: o G3 SUV, lançado em 2018, e o P7, sedã que estrou este ano. Até agosto, foram vendidos 19 mil unidades do G3 e 2 mil do P7.

O mercado de carros elétricos na China é um dos maiores do mundo, o que levou a Tesla a ampliar seu espaço na briga pelos consumidores, diminuindo os preços e produzindo carros em Xangai.