O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve ligeira alta de 0,1% em julho ante junho, estima o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), por meio do Monitor do PIB. O indicador divulgado nesta segunda-feira, 18, antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.

Na comparação com julho do ano passado, o PIB cresceu 1,3%, apontou o Monitor da FGV. “Estas taxas apontam claramente para o fim da recessão”, afirmou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV, em nota oficial.

Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o PIB apresentou crescimento de 1,1% no trimestre móvel encerrado em julho. Os destaques foram os desempenhos positivos da agropecuária (+11,7%), extrativa mineral (+4,5%), indústria de transformação (+1,6%, primeiro resultado positivo desde o primeiro trimestre de 2014), comércio (+3%), transportes (+2,4%), e outros serviços (+1,5%). Por outro lado, a construção teve retração de 6,8%.

Pela ótica da demanda, o consumo das famílias apresentou crescimento de 1,9% no trimestre móvel terminado em julho, ante o mesmo trimestre de 2016. O consumo de bens não duráveis cresceu 1%, enquanto o de semiduráveis subiu 8,6%, e o consumo de bens duráveis aumentou 7,7%.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) caiu 4,5% no trimestre móvel até julho. O desempenho do componente de máquinas e equipamentos voltou ao patamar positivo (+3%), mas o componente de construção registrou queda de 9,7%.

As exportações apresentaram crescimento de 5,7% no trimestre móvel encerrado em julho, puxadas por produtos da agropecuária (+8,1%) e da extrativa mineral (+31,4%). As importações caíram 1,8%, com desempenho negativo dos bens de capital (-43,8%), mas positivo de bens de consumo semiduráveis (+53,8%), intermediários (+10,9%) e bens de consumo não duráveis (10,1%).

O PIB acumulado em 2017 até o mês de julho somou cerca de R$ 3,778 trilhões em valores correntes.