O dólar ficou misto ante moedas rivais no início desta semana. Ainda assim, o índice DXY, que mede a divisa americana ante um cesto de seis moedas competitivas, fechou em leve alta. A sessão foi marcada pelo sentimento de cautela, com os mercados internacionais em menor busca por risco, diante dos problemas de liquidez da Evergrande, segunda maior companhia do setor imobiliário da China, e seus possíveis impactos. O anúncio de política monetária do Federal Reserve na próxima quarta-feira também contribui para a parcimônia nos mercados.

O índice DXY avançou 0,08%, a 93,276 pontos. No fim da tarde em Nova York, o dólar recuava a 109,40 ienes, o euro avançava a US$ 1,1732 e a libra caía a US$ 1,3661.

A maior busca por risco garantiu o avanço de moedas consideradas seguras, como o dólar, o iene e o franco suíço, observa a Western Union. O dólar caiu em relação ao iene e ao franco suíço, mas saltou para máximas em quatro semanas em relação ao euro, à libra esterlina e ao dólar canadense, pontua o analista Joe Manimbo.

O ING observa ainda que esta é uma semana decisiva com decisões de política monetária dos bancos centrais dos EUA, Inglaterra, Japão, Suécia e Suíça – membros do G10. “Devemos notar que, considerando o tom de cautela que está dominando os mercados no início desta semana, há um risco significativo de que o impacto pós-reunião sobre o câmbio possa ser mais do que compensado por mais oscilações no sentimento global”, pontua o banco holandês.

Em relação ao Federal Reserve (Fed), o ING acredita que o tom a ser adotado quanto ao tapering não deve ser de grande surpresa, mas o gráfico de pontos será observado com atenção pelo mercado. Caso a primeira elevação de juros seja adiantada de 2023 para 2022, isso sustentaria a retórica do presidente do Fed, Jerome Powell, sobre a desvinculação do tapering e da elevação de juros. No câmbio, isso deve se traduzir em um dólar mais fraco após o anúncio da decisão monetária, já que o adiamento do aperto monetário do Fed poderia mitigar as preocupações sobre a desaceleração econômica no médio a longo prazo e, potencialmente, favorecer alguma inclinação na curva de juros dos EUA, prevê o ING.