O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, terminou o dia em baixa, sem muito impulso. A moeda dos Estados Unidos, porém, exibia força frente ao iene, com a divisa do Japão nas mínimas em seis anos, diante das posturas dos bancos centrais e das diferenças entre os retornos dos bônus dos dois países.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 120,78 ienes, o euro avançava a US$ 1,1030 e a libra tinha alta a US$ 1,3259. O DXY recuou 0,01%, a 98,493 pontos.

O índice do dólar começou o dia estendendo ganhos, após na segunda-feira ter avançado em meio a sinalizações do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Mais adiante, o DXY passou a oscilar perto da estabilidade. Entre dirigentes, o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, considerou que é possível descartar a chance de u quadro de estagflação na zona do euro.

Já entre os dirigentes do Fed, James Bullard (St. Louis) defendeu altas de 50 pontos-base ao longo do ano, com foco no combate à inflação. Mary Daly (São Francisco) também chamou a atenção para a força dos preços e disse que os dirigentes terão de avaliar se será necessário ir além da taxa neutra de juros, para conter a inflação.

Entre outras divisas, o iene esteve em foco. A moeda bateu mínimas em seis anos, em meio a notícias de que o governo do Japão considera adotar medidas de estímulos, diante de aumentos recentes nos preços. A Capital Economics atribui o movimento sobretudo a dois fatores: a divergência das políticas do Fed e do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) e também a distância entre os retornos dos bônus dos dois países. Para a consultoria, o iene deve desvalorizar mais frente ao dólar, nesse contexto.

A Western Union, por sua vez, destaca a força da libra. Segundo ela, investidores estão atentos ao dado de inflação ao consumidor no Reino Unido, que sai nesta quarta-feira e, caso siga forte, reforçará apostas de mais elevações de juros pelo Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), o que tende a apoiar a moeda local.