O índice DXY, que mede a variação do dólar ante seis moedas rivais, avançou nesta terça-feira. Os investidores monitoraram os resultados do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos EUA, zona do euro, Alemanha e Reino Unido. A alta nos juros de ponta longa dos Treasuries também apoiou a moeda, segundo analistas. Assim, a divisa americana recuperou as perdas registradas na sessão de ontem. No radar, esteve a decisão do Banco Central da Austrália (RBA, na sigla em inglês).

O índice DXY subiu 0,21%, aos 93,975 pontos. No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 111,51 ienes, o euro caía a US$ 1,1598 e a libra subia a US$ 1,3625.

Na Alemanha, o PMI de serviços referente a setembro veio acima do esperado por analistas. O resultado contribuiu para que o euro reduzisse as perdas frente ao dólar logo após a divulgação do indicador. No entanto, a moeda comum europeia logo perdeu fôlego novamente. “O euro escorregou em direção às baixas registradas em julho de 2020, um reflexo do sentimento insistente de queda”, diz Joe Manimbo, analista da Western Union. Na zona do euro, os PMIs de serviços e composto, por sua vez, caíram menos do que o previsto. Para Manimbo, o euro é visto como vulnerável diante da expectativa por pesquisas nas fábricas alemãs que serão divulgadas nos próximos dias. O resultado do payroll dos EUA, na sexta-feira, também pode pesar sobre a moeda.

Já a libra se fortaleceu ante o dólar na sessão de hoje. Apesar de já ser esperada alta para o PMI de serviços do Reino Unido, o avanço foi maior do que o previsto por analistas consultados pelo Wall Street Journal e pela leitura preliminar da IHS Markit – o que sinaliza uma expansão em um ritmo mais forte no mês mais recente.

Por sua vez, nos EUA, o PMI de serviços contrariou a expectativa de queda dos analistas e registrou, segundo pesquisa do ISM. Além disso, o TD Securities avalia que um ajuste para cima nos retornos dos Treasuries de ponta longa deve persistir, o que apoiaria a firmeza do dólar no final do ano.

Essa escalada nos juros dos títulos da dívida americana ocorre porque a renda fixa precifica, cada vez mais, o início do tapering do Fed, o processo de redução gradual das compras de ativos. Após meses de divisão interna, os dirigentes da autoridade monetária chegaram ao consenso de que é necessário iniciar em breve a retirada de estímulos à economia.

Na Austrália, o RBA informou que irá manter sua política monetária inalterada. A taxa básica de juros do país segue na mínima histórica, de 0,10%, e a meta do rendimento dos títulos soberanos com prazo de três anos do país também em 0,10%. Hoje, o dólar australiano avançou levemente ante o americano.