O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de outras moedas fortes, caiu nesta terça-feira, com a libra apoiada por apostas de que o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) terá de elevar os juros adiante. Além disso, investidores monitoraram declarações de dirigentes de bancos centrais, entre eles o Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 114,32 ienes, praticamente estável, o euro avançava a US$ 1,1640 e a libra tinha alta a US$ 1,3797. O índice DXY fechou em baixa de 0,23%, em 93,734 pontos.

A Western Union afirmou em relatório que vários fatores levavam o dólar a um ajuste, após a moeda tocar máximas recentes em um ano. Para ela, fatores positivos como a retomada recente da economia dos EUA e a postura do Fed para reduzir estímulos já estariam incorporados pelos investidores. Além disso, no caso da libra há mais expectativas por altas de juros, lembra a Western Union.

Hoje, porém, o dólar chegou a reduzir perdas à tarde, após Christopher Waller, diretor do Fed, demonstrar preocupação com a possibilidade de que a alta na inflação não seja transitória. Ele não descartou uma resposta “agressiva” na política monetária, caso a inflação siga elevada. Outra diretora, Michelle Bowman, notou que a inflação deve durar mais do que o previsto originalmente.

Entre moedas emergentes, o dólar avançava a 99,3314 pesos argentinos. A divisa do país sul-americano segue em trajetória de baixa, em meio a preocupações com a trajetória da inflação e das contas públicas, enquanto o governo tenta congelar preços de alguns produtos, com foco também na eleição legislativa de 14 de novembro.