O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, caiu nesta sexta-feira, com ajustes após ele superar nesta semana máximas em cerca de 20 anos. O quadro de maior apetite por risco também pressionou a divisa, que caiu mais após relatório da Universidade Michigan sobre o sentimento do consumidor e as expectativas de inflação nos Estados Unidos.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 129,32 ienes, o euro avançava a US$ 1,0402 e a libra tinha alta a US$ 1,2242. O DXY caiu 0,27%, a 104,563 pontos, com alta de 0,87% na comparação semanal.

O DXY mostrou fraqueza desde o início da sexta-feira, após no dia anterior ter batido máximas desde novembro de 2002. Além disso, o quadro nos mercados internacionais em geral era de maior apetite por risco, com bolsas recuperando-se após perdas recentes dos dois lados do Atlântico. Isso tende a reduzir a demanda pela segurança da divisa americana.

O dólar ainda perdeu força após a Universidade de Michigan publicar um dado pior que o esperado de sentimento do consumidor, na preliminar para maio, mas com estabilidade nas expectativas de inflação. Embora a High Frequency Economics tenha destacado que essas expectativas seguem bastante elevadas, houve movimento de enfraquecimento do dólar após o indicador.

A Capital Economics aponta que o índice DXY teve o maior avanço em seis semanas desde meados de 2016. Em relatório a clientes, a consultoria diz que ativos de mais risco estão sob pressão no quadro atual, com investidores temendo desaceleração econômica. Para a Capital, com o forte movimento recente do dólar, não seria surpresa se houvesse um pouco de ajuste para baixo “ou pelo menos um período de consolidação, no curto prazo”.