O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, registrou queda nesta sexta-feira, 29, ajustando ganhos fortes recentes. Além disso, o euro foi apoiado por indicadores da região, enquanto o rublo subiu frente à divisa americana após o Banco Central da Rússia cortar juros.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 129,77 ienes, o euro subia a US$ 1,0551 e a libra tinha alta a US$ 1,2580. O DXY caiu 0,64%, a 102,959 pontos, mas na comparação semanal avançou 1,72%.

O dólar vinha de sequência positiva recente, diante da postura favorável a mais aperto monetário do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). A cautela com a guerra russa na Ucrânia também apoia a demanda pela divisa dos EUA. Esses fatores continuam no radar, mas hoje houve espaço para ajustes, após ganhos fortes recentes – ontem, o DXY havia atingido máxima em quase 20 anos.

O euro, por sua vez, foi apoiado por alguns indicadores. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro subiu 7,5% em abril, na comparação anual, em nível recorde. A Western Union adverte em relatório, porém, que a força da divisa comum pode ter fôlego curto, no quadro atual.

No horário citado, o dólar ainda recuava a 71,385 rublos. A moeda da Rússia se valorizou, mas analistas advertem que há fortes controles cambiais em vigor, com o governo de Vladimir Putin evitando quadro ainda pior na economia, diante de sanções internacionais. Hoje, o BC russo cortou a taxa básica de juros de 17% a 14%, além de advertir para risco de contração de até 10% neste ano.