O euro ganhou força no pregão desta quarta-feira, 9, após a Bloomberg informar que o Banco Central Europeu (BCE) deve adotar uma perspectiva econômica mais otimista na reunião de política monetária desta quinta-feira, 10, e pressionou o dólar, que recuou na comparação com outras divisas fortes. Além disso, com a recuperação no mercado acionário americano, diminuiu a busca pela segurança da moeda dos Estados Unidos.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 106,17 ienes, o euro avançava a US$ 1,1811, e a libra tinha alta a US$ 1,3009. O índice DXY, que mede a variação da moeda dos EUA ante seis outras divisas fortes, recuou 0,20%, a 93,255 pontos.

“No curto prazo e até médio prazo, o dólar ainda enfraquece mais”, avaliou ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) o analista Ilan Solot, do banco de investimentos Brown Brothers Harriman (BBH), ao citar o peso das mudanças anunciadas recentemente pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em sua meta de inflação, o que permitirá que as taxas de juros fiquem baixas por mais tempo.

Na visão de Solot, apesar da alta recente do dólar, a moeda americana só deve voltar a ter um fortalecimento sustentável quando a competitividade da economia dos EUA voltar a se destacar. Nos últimos meses, tem havido uma percepção entre investidores de que a Europa sairá antes da crise gerada pela pandemia, ainda mais após a aprovação de um fundo conjunto de recuperação de 750 bilhões de euros.

A libra também se firmou em alta nesta quarta, mesmo com as incertezas do Brexit no radar. Segundo informações da Bloomberg, a União Europeia estuda uma ação legal contra o Reino Unido por violação das regras que regem a saída do país do bloco europeu.

Em relação a divisas de países emergentes e ligados a commodities, o dólar também se enfraqueceu. No final da tarde em Nova York, a moeda dos EUA caía a 16,6382 rands sul-africanos, a 21,3883 pesos mexicanos e a 75,395 rublos russos.

Na Rússia, a leitura final do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, divulgada nesta quarta, mostrou contração de 8,0%, na comparação com igual período do ano passado.