O índice DXY do dólar fechou em forte baixa nesta quarta-feira, marcada pela decisão monetária do Federal Reserve (Fed), que subiu o juro em 50 pontos-base e decidiu pelo início da redução do seu balanço de ativos em junho. O dólar teve forte desvalorização ante rivais principalmente após os comentários do presidente do Fed, Jerome Powell, que descartou altas de 75 pontos-base do juro no momento.

O DXY terminou o dia em baixa de 1,12%, aos 102,587 pontos. No fim da tarde em Nova York, o euro subia a US$ 1,0609, a libra apreciava a US$ 1,2617 e o dólar baixava a 129,13 ienes.

Amplamente esperados pelo mercado, a alta de meio ponto porcentual no juro e o início do aperto quantitativo (QT, na sigla em inglês) não provocou grande reação no câmbio, e o índice DXY apenas acelerou levemente sua baixa.

O movimento negativo do índice se concentrou após os comentários menos agressivos do que estimavam operadores pelo presidente do BC americano. Segundo o Commerzbank, as falas de Powell serviram para manter o prospecto de altas de 50 pontos-base nas próximas reuniões, mas sem tirar de foco o combate à inflação.

Na avaliação do ING, as perspectivas de médio e longo prazos para a divisa americana seguem positivas. Não só o foco do Fed em combater a inflação fortalecerá o dólar, como também o instável cenário externo e o menor apetite por mercados estrangeiros à medida que o Fed sobe o juro nos EUA, segundo o banco.

Entre os destaques do mercado emergente, o dólar baixava a 66,410 rublos russos, movimento desencadeado pela proposta da União Europeia (UE) de colocar a importação de petróleo da Rússia sob embargo.

Já ante a rupia indiana, o dólar baixava a 76,00 rúpias, após o BC da Índia elevar a taxa básica de juro em 40 pontos-base, a 4,40%, em decisão surpresa.