O índice DXY, que mede o dólar ante uma cesta de moedas fortes, avançou nesta quinta-feira, com investidores atentos aos sinais do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Além disso, o ambiente foi de cautela em alguns mercados, o que tende a favorecer a compra da divisa americana.

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 114,02 ienes, o euro recuava a US$ 1,1623 e a libra tinha baixa a US$ 1,3785. O índice DXY subiu 0,23%, a 93,770 pontos.

O BBH atribuiu, em relatório mais cedo, o fôlego do dólar à cautela entre investidores. Além disso, notou que o mercado projeta alta nos juros nos EUA no terceiro ou no quarto trimestre de 2022, com isso o banco de investimentos projeta que a moeda americana pode manter a força.

Entre os dirigentes do Fed, Raphael Bostic (Atlanta) disse nesta quinta que a elevação nos juros pode ocorrer entre o fim do terceiro trimestre e o começo do quarto, em 2022. A persistência da inflação eleva a chance de alta antecipada de juros em países desenvolvidos, conforme reportagem publicada mais cedo no Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Diretor do Fed, Christopher Waller advertiu que a pressão sobre os preços pode não ser algo transitório, mas considerou que as expectativas inflacionárias seguem ancoradas.

Olhando para moedas emergentes, a Capital Economics diz que a lira turca atingiu nova mínima histórica frente ao dólar, após o Banco Central da Turquia reduzir a taxa básica de juros de 18% a 16%, mais que o esperado.

A consultoria acredita que, diante da pressão do presidente Recep Tayyip Erdogan, mais cortes estão no horizonte, com isso projeta que a lira continue a recuar frente ao dólar ao longo dos próximos dois anos. A Capital projeta que, com mais fortes nos juros, a taxa básica no país esteja em meados do ano em 12%. No horário citado, o dólar avançava a 9,5128 liras, de 9,2228 liras no fim da tarde de quarta-feira.