O dólar deu sequência ao movimento de valorização na comparação com rivais nesta quarta-feira, 2, ajudado pela indefinição nas negociações entre Reino Unido e União Europeia por um acordo comercial para o período pós-brexit, que deixou euro e libra sob pressão.

O índice DXY, que mede a variação da moeda americana ante uma cesta de divisas fortes fortes, registrou avanço de 0,55%, a 92,847 pontos pontos. No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 106,21 ienes.

Segundo a analista do BK Asset Management, Kathy Lien, o fortalecimento da moeda dos Estados Unidos é resultado da melhora nas expectativas para a economia norte-americana.

O Livro Bege, do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), divulgado nesta quarta, indicou que, na maioria dos distritos pesquisados, há um “otimismo modesto” quanto à recuperação. “Embora haja problemas com essa teoria, incluindo a possibilidade de uma segunda onda de covid-19 com reabertura de escolas, o otimismo é a principal razão para que investidores estejam comprando ações e o dólar”, explica.

Também no fim da tarde, euro caía a US$ 1,1844 e a libra tinha baixa a US$ 1,3344. As duas moedas foram prejudicadas pelas declarações do negociador da UE para o Brexit, Michael Barnier, nesta quarta cedo. Barnier afirmou que Londres rejeitou todas as propostas de Bruxelas para um acordo comercial e se disse “desapontado” com os britânicos.

“As conversas entre UE e Reino Unido seguem travadas, embora investidores esperem algum progresso quando as negociações retornarem na semana que vem. A volatilidade da libra pode aumentar como resultado”, explica o Western Union.

Na comparação com emergentes, o dólar não firmou direção única: caiu a 21,7565 pesos mexicanos, mas avançou a 74,3263 pesos argentinos e a 16,8421 rands sul-africanos.