O dólar caiu ante outras moedas principais nesta quinta-feira, 26, após o dado de pedidos de auxílio-desemprego dos Estados Unidos e também de sinalizações do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

No fim da tarde em Nova York, o dólar caía a 109,41 ienes, o euro avançava a US$ 1,1042 e a libra tinha ganho a US$ 1,2184. O índice DXY, que mede o dólar ante outras moedas principais, recuava 1,77%, a 99,266 pontos, perdendo a marca de 100 pontos pela primeira vez desde o dia 20.

O presidente do Fed, Jerome Powell, foi a público afirmar que a economia americana “já pode estar em recessão”, mas também comentar que a situação é singular, em meio à pandemia de coronavírus. Powell reafirmou o papel do Fed na economia, prometendo apoiar o fluxo de crédito.

Na agenda de indicadores, os novos pedidos de auxílio-desemprego avançaram a 3,28 milhões em uma semana, no maior patamar da história. Analistas ouvidos pelo Wall Street Journal previam alta a 1,5 milhão, enquanto outras projeções eram ainda maiores.

Após o dado e as declarações de Powell, o dólar perdeu força. A consultoria Capital Economics afirma em relatório que o recuo da moeda nos últimos dias sugere que o esforço dos dirigentes de bancos centrais para reduzir a pressão nos mercados de financiamento de longo prazo surte efeito. O Bank of America, contudo, ainda vê espaço para fortalecimento da divisa, ao acreditar que a demanda prosseguirá, no quadro atual de incertezas.

A libra, por sua vez, avançou nesta quinta, mas chegou a reduzir ganhos após o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) manter sua política monetária inalterada, após ter cotado juros e adotado outras medidas nas últimas semanas em caráter extraordinário.